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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Anorexia e Bulimia Distúrbio do Comportamento Alimentar

Anorexia é uma alteração no comportamento alimentar que está invariavelmente associada à ansiedade e depressão. A idéia de ser magra, esguia, leva alguns pacientes, principalmente adolescentes do sexo feminino à preocupação extrema com seu esquema corporal. Acreditam na idéia de que podem não sentir fome, usam dietas rígidas e até exóticas, para atingirem seus objetivos. Encontrarmos a mesma sintomatologia em rapazes e crianças, com menor freqüência. 

Os anorexicos são pacientes que mesmo em estado de magreza intensa, olham-se no espelho e sentem-se gordas. Nas meninas, o problema atinge seu metabolismo e algumas ficam sem menstruar durante meses, pois a doença atinge o eixo da hipófise hipotálamo, responsável por mecanismos fisiológicos femininos. Muitas fazem exercícios em excesso, usam laxantes, remédios para disfunções da tireóide e diuréticos, tentando controlar a fome no seu dia a dia.

A bulimia pode ocorrer isoladamente ou associada à anorexia. É possível convivermos com alguém portadora de bulimia, sem nos darmos conta, pois elas participam da vida social, vão a festas e jantares comem e em seguida vão vomitar todo conteúdo ingerido. Já a anorexia é mais evidente, a pessoa recusa-se alimentar e perde peso ficando fraca, às vezes desmaia e sofre os efeitos, decorrentes da desnutrição. Não temos uma única causa para compreender a Anorexia e Bulimia, contudo notamos a Mídia falada e escrita, como a principal incentivadora desse comportamento doentio, ao propagarem a idéia radical contra excesso de peso, contra a obesidade que é uma doença a que também deve ser tratada. Outro aspecto que enfatizam é o prestígio da pessoa magra, como item de importância maior, para o sucesso na carreira, e no plano social. As meninas que seguem a carreira de modelo são exemplos marcantes desta cultura.

Encontramos também casos que se constituem em anorexicos ou bulímicos atípicos, esses pacientes apresentam preocupação exagerada com a alimentação, tendo verdadeiro pavor de ganho de peso, mesmo que seja em mínimas proporções e a preocupação com o esquema corporal é acentuada, tornando-se obsessiva, sem, contudo caracterizarem-se quadros clínicos típicos.

Existe uma série de efeitos secundários aos hábitos dos anorexicos e bulímicos, tais como: distúrbios cardio-vasculares; gastro-intestinais e renais; desidratação crônica; lesões bucais, até marcas nas mãos pelo hábito de vomitar; tricotilomania (mania de arrancar os cabelos); cleptomania (apropiação de coisas dos outros); compulsão por compras, mesmo sem ter recursos;  depressão e transtorno obsessivo compulsivo.

Os sintomas podem se agravar e levarem a pessoa à morte, por provocarem distúrbios metabólicos, falência de órgãos e parada cardíaca.

Atualmente esta sendo estudado com muita atenção a drunkorexia, anorexia alcoólica, a qual ocorre em mulheres que não se alimentam. Algumas fazem uso de bebidas alcoólicas, por acreditarem que o álcool ao se transformar em açúcar, lhes fornece energético necessário, mas acabam se tornando alcoólatras pelo uso continuo e inadequado.

O tratamento recomendado é de preferência a psicoterapia, unida a medicamentos: antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores do humor, atenção de nútrologos, para orientação correta da dieta alimentar e principalmente a atenção e carinho, dos familiares e amigos. O diagnóstico completo é de vital importância para o tratamento.

Sintomas Neuróticos

A neurose é uma palavra grega neura (nervos) e osis (condição anormal).

É uma condição clínica descrita em 1769, por William Cullen, para designar desordem da sensação e da ação. É um transtorno que revela a princípio ansiedade, angústia, depressão, sem contudo afetar a elaboração intelectual. É o contrário da psicose, onde o paciente perde a noção subjetiva de si e da realidade exterior.

Mais de um século depois Sigmund Freud, estudou profundamente a neurose e houve a partir de então uma sistematização científica da sua dinâmica, sendo a maior contribuição ao seu estudo até os dias atuais.

A neurose permite ao contrário da psicose, uma atitude normal em certos pacientes, permitindo que tenham vida compatível com a normalidade.

Seus sintomas advêm do inconsciente e são evidenciados por sintomas físicos como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo, medos, fobias e até alterações da personalidade. Existem pacientes com sintomas graves tais como distúrbios motores orgânicos, que atingem órgãos dos diversos aparelhos do corpo humano, provocando até paralisia, cegueira,déficit de sensibilidade, outros tais com transtornos obsessivo compulsivo ,insônia rebelde, etc.

Para a psicanálise todos nós temos componentes neuróticos, logo sendo uma condição normal do ser humano. Porém, quando um problema psicológico prejudica o funcionamento normal do individuo, provoca ansiedade, que é o sintoma principal da neurose, precisa de tratamento, atenção e cuidados.

O tratamento indicado é a psicoterapia, associada a medicamentos: antidepressivos e ansiolíticos, entre outros de acordo com o caso.

Atualmente, com a divulgação pela mídia, tornou-se um termo popular e usa-se de forma inadequada e até em tom de gracejo, mas na realidade é uma doença que deve ser levada a sério e tratada , por ser crônica e provocar sofrimento em seus portadores.   

Bullying

A agressividade é inerente ao ser humano, desde sua mais tenra idade. A criança quando tem dificuldades no relacionamento, não se faz ouvir, respeitar, não consegue se impor, tornando-se muitas vezes acuada e facilmente parte para o ataque, como forma de defesa e de sobrevivência. Na educação familiar está sem dúvida a origem de tais situações, porque a auto-estima da criança se organiza principalmente em seu ambiente familiar. Sem perceberem, os pais protegem, ajudam em excesso, não estabelecem limites, impedindo em determinadas situações que a criança experimente sozinha, as dificuldades e frustrações próprias da idade infantil, necessárias e importantes para o desenvolvimento e equilíbrio emocional.

Em momentos de crise, falta a essas crianças, a capacidade e atitudes coerentes. Isso ocorre porque as emoções não amadureceram suficientemente, demonstrando a falta de auto crítica necessária, para buscar uma solução pacifica, conciliadora.

Em certos momentos, adultos e crianças lançam mão dos instintos mais primitivos (agressões e lutas corporais), como mecanismo de defesa e auto afirmação.

Observa-se que em ambientes escolares e profissionais, indivíduos são vítimas de chacotas, desdém “tapinhas” na cabeça, apelidos, insultos com requintes, às vezes de crueldade, sem quaisquer motivos.

Notamos ainda, que em ambientes de trabalho, não raro, tornam-se locais de disputa, competição, abuso de poder por parte das chefias, chegando muitas vezes a se constituir assedio moral.

O que vemos no cotidiano são lares, com pais ausentes no momento em que se faz necessário dar limites e agem de maneira autoritária, agredindo física e verbalmente, humilhando com castigos até perversos, confundindo esse comportamento, com autoridade.

A orientação é necessária sempre, e faz as crianças se sentirem amadas, protegidas e importantes, tornam-se adultos saudáveis e sociáveis.

Para coibir o Bullying existe uma série de medidas que poderá envolver todos: alunos, pais, educadores, pessoal de apoio, através de medidas educativas, esclarecimentos e regras aos infratores.

Alterações de Comportamento

O comportamento humano é resultado da dinâmica os seus fatores psicológicos, internos, afetivos, com seus traços de personalidade, a cognição (conhecimento intelectual) e o ambiente.

Para a família é importante que haja harmonia entre os pais, para que, utilizando valores aceitos e observados pela sociedade, seus filhos tenham um aprendizado saudável, e um modelo no processo educativo. As crianças aprendem imitando, e começam imitando seus pais. Para educar é necessário haver limites, e este precisa ser utilizado durante a primeira e a segunda infância. Nessas fases, as crianças começam a viver em sociedade.

A escola em muito contribui também para esse aprendizado. Nesse ambiente, se complementa o processo de sociabilização: muitas crianças, mais diversificação, mais experiências, mais oportunidades de crescer com saúde psíquica e aprender a respeitar os demais.

Quando nesse período existem falhas de educação começam a surgir problemas, em geral passíveis de correção. A ajuda da pedagogia e psicologia são de grande valia e indispensáveis, na reorientação desses casos.

Quando os problemas vão aparecendo de forma mais consistente e vão se repetindo, causando prejuízo a si e aos demais, já podemos falar de falhas de caráter. Alguns exemplos são elucidativos:  

cleptomania - tirar coisas alheias, ás vezes de pouco valor.  
mitomania - hábito de mentir repetidas vezes, sem motivo ou necessidade.  
egoísmo - querer impor seus interesses, querer tudo para si.
posse - indivíduo possessivo em excesso.
ciúme - ciúme doentio, imotivado.
sugestionabilidade - o indivíduo se influencia facilmente, segue qualquer pessoa, qualquer idéia, mesmo as que venham lhe prejudicar.
imaturidade - mesmo inteligente, a pessoa tem uma imaturidade marcante
inveja - quer tudo o que é do outro, procura desqualificar os demais.
esperteza - acha-se o mais preparado e quer sempre se sair melhor, fazer melhor e tirar proveito de tudo.
drogadição - uso de drogas sob influência de companheiros é muito comum, entre outras características.

Quando há grandes e profundas alterações da personalidade chama-se  Psicopatia. Caracterizada pela frieza, não estabelecem empatia (sentimento afetivo), o outro não lhe interessa, a não ser para tirar proveito, ser sua vitima. Pratica crimes graves, chegando a matar motivadamente. Em geral acredita que suas atitudes são perfeitas e as vezes nem procura disfarçar seus atos criminosos, por terem grande déficit de crítica.

Quadros Psicóticos

Os Quadros Psicóticos apresentam-se de várias formas e graus de complexidade variada. Os sintomas são comuns a várias patologias e para saber o tipo de doença é necessária uma boa investigação clínica, feita por um profissional habilitado.

Para entendermos melhor:


Temos os quadros de origem Endógena: o paciente tem predisposição genética e seus sintomas podem surgir em determinada fase da vida, espontaneamente, ou por alguma situação traumática. Ainda não podemos esquecer as interferências ambientais e sociais, no desenvolvimento dos sintomas.

Os quadros de origem Exógena são os oriundos dos processos tóxicos e infecciosos. Os Auto-Tóxicos são produtos de problemas ligados ao próprio organismo como a tireóide, lupus eritematoso sistêmico, entre outros quadros. Os Hetero-Tóxicos são quadros que se originam de contato, tais como: chumbo, mercúrio e uso de Álcool Etílico, Cocaína, Heroína, Crack, Skank, Maconha, Ecstasy, Anfetaminas, entre outras.

Os quadros psicóticos mais graves são os ligados à Esquizofrenia e Doenças Bipolares.

Hoje, no entanto, dispomos de um grande arsenal de remédios com grande poder de melhora, associado à técnicas bastante promissoras que vêm diminuindo o número de hospitalização e obtendo excelentes resultados, permitindo melhor qualidade de vida.

O núcleo familiar é, de longe, o ambiente mais importante e merece cuidado especial quando se estuda um paciente psicótico.

A Psicoterapia tem ajudado de forma pontual estes quadros. A inserção da família no tratamento é indispensável.

Depressão

A Depressão é um sentimento patológico de tristeza que ocorre com freqüência em todas as populações, principalmente em grandes centros urbanos. Caracteriza-se pela incapacidade de reagir a uma perda, por morte, separação no casamento, ou prejuízo material. As escalas de Depressão são bastante distintas e precisa-se avaliar com cuidados, pois é a partir desse processo que se prepara um programa medicamentoso e terapêutico. Cabe ressaltar a predisposição genética como um dos fatores para tal desencadeamento.

Existem as características que são próprias da Depressão Menor: mais leve, menos intensa, sintomas mais superficiais. Já a Depressão Maior é um quadro clínico mais grave, com sintomas intensos e que exige cuidados rigorosos. Atualmente, com o número de novas medicações e terapias é comum obter melhora e até cura dos quadros depressivos.

Existe ainda a Depressão Reativa e a Depressão Endógena. A Reativa ocorre após um trauma. Já a Depressão Endógena, independente dos eventos, pode surgir espontaneamente, sem motivo aparente, é uma condição genética.

Depressão Mascarada: é a que aparece de forma subliminar, com sintomas físicos, reações diversas e muitas vezes não diagnosticadas e sem tratamento adequado, apesar de o paciente procurar ajuda em Pronto Atendimento.

Uso de Álcool e Drogas de abuso

Alcoolismo é um hábito que se caracteriza pela ingestão de bebidas alcoólicas. Pode ter início na infância, puberdade, adolescência e idade adulta.  Em geral, é um hábito adquirido em companhia de pessoas na própria família ou colegas de escola, no trabalho ou convívio de modo geral. A sociedade tem o álcool com fonte de animação em festas e comemorações em geral. É considerada droga lícita.

Historicamente não se sabe quando se consumiu álcool pela primeira vez.  Na idade da Pedra foram descobertas jarras de cerveja, mostrando que bebidas fermentadas existem desde o período neolítico nos anos 10.000 a.C.

O vinho é mais recente, sabe-se que pinturas egípcias de 4.000 A.C representavam a bebida através de criptografia. As bebidas se tornaram populares entre a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e o começo da Renascença (séc.XVI).
O champanhe foi desenvolvida no Século XVII, por D.Perignon.

O uísque, tudo indica foi o primeiro destilado na Irlanda, embora a suas origem é incerta. Há evidências de que no século XVII, a bebida era consumida pela Escócia.

O álcool é a droga mais consumida do mundo, seus efeitos ocorrem diretamente no Sistema Nervoso Central, intoxicando a célula nervosa. Leva à mudança de comportamento, mal estar geral, dores de cabeças, provocando efeitos mais intensos em pessoas cujo organismo tem dificuldades de metabolizar como os orientais, que tem problemas enzimáticos. Provoca também estado de euforia e desinibição, inicialmente e depois há efeitos depressores, falta de coordenação motora, descontrole total e sono.

Ao longo do uso, o álcool leva à dependência. A necessidade de maiores quantidades, hábito de ingestão propriamente dito, e a incapacidade de interromper a ingestão de álcool faz surgir a Síndrome da Abstinência, com tremores nas mãos, distúrbios gástricos intestinais, hepáticos, gastrite, que impedem a absorção de vitaminas do complexo B, neuropatias, alterações do sono e anorexia.

Existem casos em que ocorrem quadros de alucinações visuais, com visão de bichos no corpo, nas paredes, aranhas. Distúrbios auditivos, idéias persecutórias, o que configura Alucinação Alcoólica.  De acordo com o CEBRID, Laboratório Brasileiro de Informações sobre Drogas, a dependência de álcool atinge 12,3% da população brasileira e 6,9% da população feminina. A proporção segundo a estatística é que para 6 homens brasileiros usuários de álcool, um fica dependente. Já para as mulheres, em cada 10 usuárias, uma  torna-se alcoolista.

Há que levar em conta os efeitos da dependência alcoólica no estômago, provocando gastrite, colites, pancreatites, neuropatias periféricas e carência vitamínicas.

Tratamentos

Psicoterapia

A Psicoterapia possibilita um espaço de encontro consigo mesmo, buscando compreender como o paciente se relaciona consigo, com o outro, com o mundo e, principalmente como responde às questões do mundo num horizonte de possibilidades que sua existência oferece.

Desta maneira, a Psicoterapia propicia ao paciente o crescimento, o amadurecimento, a compreensão de si mesmo frente ao seu dia-a-dia, nas relações interpessoais ou profissionais muitas vezes causadoras de conflitos, em função de suas atitudes.

Nós, profissionais, buscamos compreender a relação do paciente com o outro, com o mundo, atendendo às necessidades do ser humano e a construção de si mesmo em sua singularidade, focados a partir de sua historicidade. Assim, a percepção de si em determinadas situações, muitas vezes, refletirá em mudanças internas e externas, em escolha mais condizentes com seu próprio existir.

O desenvolvimento do processo é pautado pela ética profissional, pelo acolhimento e a reflexão dos fatos apresentados.

                   O homem existe cuidando do seu existir!


Psicoterapia Infantil - Ludoterapia

Esta proposta psicoterápica utiliza-se de recursos lúdicos como: jogos, desenhos, brincadeiras e expressão oral.

Cabe ao Psicoterapeuta estar atento às situações verbais e não verbais que se apresentam durante o uso dos recursos em cada sessão e, assim, compreender a dinâmica que se revela e as relações com o mundo que o circunda. Desta maneira, o Psicoterapeuta desenvolverá seu trabalho com o paciente infantil na compreensão das situações que se apresentam, como lidar e superá-las frente às vivências do dia a dia.

Muitas vezes, a busca por este atendimento ocorre por solicitação escolar, médica ou familiar. Frequentemente, os sintomas apresentados são: a expressão de distúrbios relacionados ao ambiente e à estrutura familiar e/ou parental.

Portanto, faz-se necessário o acompanhamento e participação de todos os familiares.

Tratamento Psiquiátrico 

O Tratamento Psiquiátrico deverá obedecer a um critério diagnóstico, obtido por meio de entrevistas e exames laboratoriais. Deve-se conscientizar o paciente de seus sentimentos e quadro clínico, procurando esclarecer sua condição e prognóstico (avaliação de melhora, cura e tempo de tratamento), assim como as técnicas de tratamento necessárias, a serem utilizadas. A família deve participar desse momento, pois existem informações importantes que somente pais, familiares e professores poderão fornecer.

Cada tratamento deverá ser programado e administrado de acordo com suas peculiaridades. Se for medicamentoso, obedecer regularmente ao horário e seguir as orientações recomendadas corretamente.

A psicoterapia de apoio é relevante nesses quadros. As sessões devem ser freqüentes e o apoio constante, pois aliviam e melhoram a auto-estima do paciente.

Ansiedade e Pânico

A ansiedade, palavra latina Anxietate, que significa Ânsia, é um termo comum e bastante conhecido. Pode ocorrer em qualquer idade, sem relação com o contexto real.

Torna-se visível quando a pessoa esta à espera de um evento, o qual pode ser de maior ou menor importância.

Estas manifestações variam de acordo com as características e personalidade de cada pessoa, umas mais exuberantes do que as outras, como por exemplo: desejar uma viagem, comprar um carro novo, ir à um festa, conhecer alguém, entre outros. É uma reação normal, desde que não provoque prejuízos ou desconforto.

Existe a Ansiedade Patológica. Nesta, as sensações se repetem muito, começam a gerar sofrimento, causam insônia, sudorese, extremidades frias, palpitações, alterações do aparelho urinário, digestivo, falta de apetite ou comer em excesso, dermatites, falhas de memória, medos desconhecidos. Trata-se, quase sempre, de problemas psicológicos, de natureza inconsciente.

Muitas vezes, as crises são de tal intensidade que trazem vários sintomas associados. É a Ansiedade Generalizada (TAG)

Pânico vem sempre precedido de ansiedade. As pessoas são tomadas de reações de intensa emoção, medos incontroláveis e, apresentando de dois a três sintomas, chama-se Síndrome do Pânico. É um evento agudo, com forte sentimento de fobia, angústia, sempre acompanhado de descargas motoras, tais como crises urinárias, intestinais, palpitações, falta de ar, medo de sair de casa, viajar de avião ou metrô. Em alguns casos, os pacientes procuram o Pronto Atendimento em Hospitais por inúmeras vezes, sem diagnóstico. Tais sintomas são às vezes limitantes, levando algumas pessoas a terem uma má qualidade de vida, perda de emprego e conflitos familiares. É necessário o atendimento especializado do Psiquiatra, tomar medicação recomendada e Psicoterapia.

Família

A família, na contemporaneidade, vem passando por grandes transformações. Contudo, a sua importância no desenvolvimento humano se mantém.

As relações familiares contribuem para o desenvolvimento saudável do indivíduo, para a construção da personalidade dos filhos e para a sociedade em geral.

Entretanto, percebem-se  dificuldades de relacionamento, de comunicação familiar, as rivalidades, as disputas pelo amor entre irmãos, que requerem dos pais certas habilidades para administrar tais situações e assim manter o equilíbrio familiar. Desta maneira, é importante a família se ocupar de instaurar um ambiente estruturado e favorável ao crescimento afetivo, emocional a cada um de seus membros. Assim, cada um encaminhará suas escolhas e construirá um futuro harmônico, com força para enfrentar as adversidades que a sociedade impõe no dia a dia.

A orientação familiar, que muitas vezes é pedagógica, propicia aos pais a reflexão, a possibilidade de mudança, principalmente a compreensão do outro, as suas possibilidades e ainda outra conduta caso se faça necessária.

Adultos

Neste momento do desenvolvimento humano, o indivíduo passa a decidir, planejar seu futuro. Está geralmente concluindo os estudos do Ensino Médio e se direcionando para a escolha profissional.

Tais escolhas nortearão seu futuro, causando com freqüência certa confusão, dúvida, ansiedade e conflito na busca da escolha acertada.

O adulto passa por cobranças familiares e sociais com relação a sucesso, boas escolha e, às vezes, depara-se com poucas possibilidades de emprego, gerando descontentamento e dúvida em continuar tal caminho.

A escolha profissional discutida, respeitando-se possibilidades e habilidades, favorece opções mais acertadas, bem sucedidas  e o encontro consigo mesmo.

Outro aspecto importante, neste momento, é a afetividade.

Neste período, surge ainda, a expectativa de encontrar uma pessoa para compartilhar seus momentos, o desejo de construir uma família, direcionando assim sua trajetória de vida.

O ser humano, em cada uma das suas etapas, está pautado por momentos importantes, com decisões que interferem na construção do seu presente e seu futuro. Neste processo, as relações interpessoais e familiares são de suma importância para a construção e manutenção do indivíduo em seu meio social.

A Clínica Adolescer

Há mais de 20 anos acompanhando crianças, adolescentes, adultos e famílias que vivenciam as dificuldades do amadurecimento humano, a Dra. Terezinha Oliveira Silva, especialista em Psiquiatria e Psicoterapia, reuniu uma equipe de profissionais para formar a Clínica Adolescer, composta de Psiquiatras, Psicólogos e Pedagogos.

A Clínica Adolescer desenvolve um trabalho multiprofissional, focando o aspecto preventivo e curativo nas manifestações de ordem pedagógicas e psicoemocionais que envolvem seus pacientes, utilizando técnicas modernas e atuais.

Acreditamos que a busca de ajuda psíquica e/ou educacional requer a revisão de alguns sentimentos para colher os benefícios da cura, e principalmente, chegar a essência do Ser, que cada um realmente é.

O caminho muitas vezes poderá ser longo, dolorido, reflexivo, mas vale a pena, uma vez que a partir de um trabalho sério poderemos nos aproximar de uma realidade possível. Administrar nossos conflitos, só é possível se nos ocuparmos e dermos a atenção que essa tarefa requer, aprendendo a visualizar novos horizontes, viver de moda amena e saudável.

Isso você e sua família irão encontrar nos atendimentos de Clinica Adolescer, que busca em seus pacientes o encontro próprio, o equilíbrio e a harmonia. Acreditamos que assim o ser humano se aproxima de momentos de alegria e desfruta da felicidade almejada.

Apoio Pedagógico e Intervenção

Este atendimento é caracterizado pela compreensão das circunstâncias, das necessidades que envolvem o desenvolvimento cognitivo de cada um dos pacientes, buscando compreendê-los na interdependência dos processos cognitivo, afetivo e sócio-cultural.

O atendimento pedagógico está focado para crianças, pré-adolescentes, adolescentes com dificuldades, necessidades ou defasagem de aprendizagem.

O desenvolvimento do trabalho visa capacitar o paciente à compreensão e intervenção na dinâmica das relações estabelecidas com o conhecimento.

Durante as sessões, além dos específicos a cada caso, serão desenvolvidos os seguintes aspectos:

•Vivências de situações que promovam a exploração do meio e o desenvolvimento das percepções necessárias para ampliar suas potencialidades;

• Fomentar autonomia, com o objetivo de torná-lo responsável por suas tarefas e atuações sociais;

• Adquirir o hábito e a persistência no estudo;

• Orientação aos pais, fornecendo-lhes um modelo de intervenção adequado ao desenvolvimento dos estudos em casa;

• Assegurar o acompanhamento psicológico aos alunos com problemas emocionais e comportamentais.

• Sensibilizar a participação da família no processo pedagógico – terapêutico/psicológico;

• Orientação a pais e educadores;

As dificuldades na infância e adolescência estão centradas nas rotinas domésticas e escolares. A defasagem no aprendizado será sanada com orientação e organização de técnicas de estudo, indicadas para cada indivíduo.

A comunicação e sociabilidade são de suma importância em nosso trabalho. Quando ocorrem dificuldades nesta área o trabalho em parceria com os pais e com a escola, contribuem para a eficácia do processo.

Infância

A primeira infância é a fase do desenvolvimento humano de maior importância na formação do Ser. Nesta etapa, que vai de 0 (zero) aos 7 (sete) anos, as descobertas e as primeiras experiências contribuem e marcam definitivamente a formação da personalidade do indivíduo. O olhar atento da família durante a infância de seus filhos é fundamental e contribui para o desenvolvimento físico e emocional mais saudável da criança.

A Clínica Adolescer se propõe a estimular tal dinâmica através dos programas aqui sintetizados.

Diagnóstico

A avaliação clínica psiquiatra, a psicológica e a pedagógica possibilitam um bom diagnóstico que o tratamento exige, com cuidados e responsabilidade.

Assim, cada paciente terá uma seqüencia singular para atingir seu objetivo: a cura, vivenciando os benefícios dos quais necessita, em tempo hábil.

A clarificação do estado emocional e/ou cognitivo do indivíduo no momento presente favorece a compreensão do funcionamento do paciente frente a determinadas situações que afetam sua vida emocional.

Durante o diagnóstico, os sintomas e sinais comuns a diversos padecimentos são aspectos importantes a serem observados e analisados em profundidade, buscando alternativas possíveis para melhora do paciente.

Nesta compreensão do processo é comum a participação de pediatras, fonoaudiólogos, oftalmologistas, otorrinos, terapeutas e outros profissionais que se fazem necessários para o benefício do desenvolvimento do processo pedagógico, psicológico e psiquiátrico.

Diagnóstico Diferencial

É muito importante para o diagnóstico, uma visão ampla das condições gerais do paciente. Temos na clínica diariamente uma variedade de sintomas comuns a várias doenças. Logo, devemos ter cuidado em conhecer os diversos sintomas, síndromes e quadros clínicos, para assim darmos uma impressão diagnóstica correta, o que beneficia o tratamento e não coloca o paciente em classificações diagnósticas definitivas, quando muitas vezes o quadro remete e cria-se um problema civil e social para o paciente.

Outra situação bastante complicada é um equívoco no diagnóstico e o paciente deixa de receber o tratamento adequado, tendo prejuízo na sua recuperação. O diagnóstico diferencial seguro é de suma importância na vida de cada paciente.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pré-adolescência e Adolescência

Pré-adolescência

Na pré-adolescência, ocorrem mudanças evidentes tanto do ponto de vista físico como emocional. As transformações são acompanhadas de mudanças físicas e atitudes que, às vezes, provocam estranheza, criando barreiras para interação no meio social e familiar.

É comum aos familiares certa dificuldade em perceber o crescimento do bebê que, ontem, estava no colo e hoje é uma “criança grande”. É complicado para os pais administrarem este momento tão delicado e que requer muita reflexão. Outro aspecto a se observar nesta fase, é a comunicação que impõe uma compreensão especial, muitas vezes não captada pela família e pela escola, derivando incompreensões nas relações, tumulto no convívio, rompendo-se a harmonia necessária para um bom desenvolvimento completo.

A Clínica Adolescer, em seu programa, propõe-se  ajudar a compreender a passagem para a adolescência, propiciando melhor dinâmica familiar.

Adolescência

A adolescência é uma etapa de transição para a idade adulta. Nela, surgem as descobertas e as responsabilidades. Nem sempre o adolescente e a família estão prontos para este grande desafio que requer direcionamento para a tomada de decisões que serão definitivas na vida pessoal e profissional. O adolescente necessita de interação com os adultos, da compreensão destes e, principalmente, do diálogo familiar, o que muitas vezes não ocorre durante esse processo de crescimento. Os laços afetivos com amigos e familiares são como pilares de sustentação para a aquisição do amadurecimento, que se faz necessário para conviver na ambigüidade desta etapa, e lidar com as exigências sociedade constantemente impostas. É uma fase de extrema importância no aspecto físico, especialmente no plano cerebral, que sofre as mudanças inerentes ao crescimento em direção a maturação orgânica que ocorre por até por volta dos 25 (vinte e cinco) anos aproximadamente.

Você sabe quando procurar ajuda?

As pessoas, no decorrer da vida, passam por situações difíceis, não conseguindo encontrar respostas ou saídas para tais questões sozinhas. A falta de solução, muitas vezes, leva ao sentimento de angústia, tristeza e impotência perante determinadas situações. Essas sensações podem acontecer do Ser para consigo mesmo, do Ser em relação a pessoas a seu redor, quer no ambiente familiar, social ou profissional.

 A procura pela Psicoterapia, muitas vezes, ocorre por insatisfação com o direcionamento da própria vida, por necessidade ou anseio em descobrir novas possibilidades de conduzi-la.  

São situações que requerem ajuda profissional para melhor compreensão do que vem ocorrendo consigo, em seus ambientes. Assim, a partir da compreensão de tais sentimentos é possível trilhar um novo caminho.

A busca por um processo de Psicoterapia requer a revisão de alguns sentimentos para colher os benefícios da cura e, principalmente, chegar à essência do Ser individual que cada um realmente é.

Já,nos casos de natureza clínica como: sintomas de fobia, pânico, uso de drogas, depressão, ansiedade, alucinações, deve-se procurar o tratamento psiquiátrico.

TDHA

Atualmente, no ambiente escolar, o termo TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) vem sendo usado com freqüência pelos educadores ao se referirem aos alunos que apresentam um comportamento agitado, movendo-se constantemente pelo ambiente, por mexer os pés e mãos, por falarem constantemente ou por sentirem necessidade de sair do ambiente em que se encontram.

Outro aspecto importante que preocupa os educadores é a dificuldade de manter a atenção em atividades que exigem concentração por mais tempo, atividades repetitivas ou que não lhe sejam interessante. Assim, crianças e/ou adultos portadores do TDHA são mais suscetíveis a distrair-se, até mesmo com seus pensamentos.

Ao observar o material de crianças portadores do TDHA é possível identificar em suas escritas os erros por distração, a falta de parte de seus materiais e ainda a atitude de responderem impulsivamente. Algumas pessoas, apresentam em se organizar, em planejar seu estudo, o tempo e assim administrar seus afazeres.

Assim, a criança e o adolescente com características do TDHA são identificadas principalmente pelo comportamento, não necessariamente por dificuldades escolares.

Contudo, atividades que despertam o interesse por serem estimulantes favorecem a participação destes alunos, permanecendo mais tranqüilas. Tal situação ocorre pelo ativar dos centros de prazer no cérebro, reforçando o centro de atenção.

Em muitos casos os educadores também requerem uma orientação profissional para lidarem com a diversidade dos alunos.

Neste caso, é necessária uma avaliação médica e um diagnóstico realizado por profissional que desenvolva um trabalho com o aluno, a família e a escola. Todos precisam estar em consonância para que o aluno sinta-se acolhido, respeitado em sua maneira de apresentar-se perante o meio social.